O grande dilema da Igreja: Expanção VS Manutenção

A supervalorização do Real, a abundancia de crédito e a grande quantia de ofertas têm ajudado o povo Brasileiro se endividar como nunca. Cartões de crédito estourados, cheques no vermelho, SPC, SERASA e assim por diante. Isso tem obrigado as pessoas a trabalharem mais fazendo hora extra, aceitando trabalhar em horários impopulares, tudo para melhorar a renda (afinal temos que pagar as contas!). Isso tem roubado o tradicional tempo da família, o que conseqüentemente tem causado desgaste em muitos casamentos. Os filhos são prejudicados, pois além de não ter a companhia dos pais (pois estão trabalhando loucamente), eles sentem o clima ruim em casa, pelas desavenças e o desgaste que a vida tem causado e assim por diante. São brigas, pressão, cobranças, desacertos e blá, blá, blá! Isso é apenas um exemplo do efeito cascata onde uma coisa puxa a outra e muitos acabam sendo envolvidos nesse redemoinho de problemas. Claro que nesse exemplo, não podemos deixar de fora a Igreja como sendo também uma das prejudicadas. Afinal de contas, não tem como separar a vida material (pessoal) das pessoas, da vida espiritual.Se há crise econômica, crise familiar, crise social, a Igreja irá sentir o efeito disso tudo. É inevitável! Agora chegamos ao tema que eu quero abordar nessa crônica! A Igreja de um modo geral vive um dilema e o ministério está com a sua visão dividida! Veja bem, nós temos duas missões: uma é ganhar almas (evangelizar) a outra é polir essas almas, a fim de apresentar a Deus uma “Igreja pura e sem máculas”. São esforços necessários, mas em direções diferentes. É evidente que uma Igreja que só busca almas novas, evangelismo, avivamento e etc, sempre será uma Igreja vibrante. Por outro lado, se essa mesma igreja não ministra as necessidades das pessoas, e tenta aperfeiçoar o povo que tem, ela não está cumprindo o seu papel. É preciso administrar o tempo, em “expansão” e “manutenção” – um é tão importante como o outro. Não adianta, batizar pessoas novas todos os cultos, e esquecer que essas mesmas pessoas precisam ser lapidadas e aperfeiçoadas! O problema é que com o mundo complicado em que estamos vivendo, e a “embolação” que a raça humana está se metendo, mais e mais, nosso tempo está sendo ocupado na “manutenção” da Igreja ao invés da “expansão do evangelho”! Na verdade, isso não é uma opção nossa e sim uma imposição! A humanidade está cada vez mais enrolada, e eles estão trazendo para a Igreja toda a sorte de dilemas e problemas, e são coisas tão enraizadas e prejudiciais, que não pudemos deixar essas situações intocadas. Isso tem afetado a visão da Igreja. As pessoas vêm para a Igreja cheias de bagagens, cheias de problemas, cacoetes, manias, recalques e isso tem que ser superado a fim de que elas venham a viver uma vida vitoriosa na presença de Deus. Só que muitos desses enigmas complexos, não se resolvem com apenas uma mensagem! Estamos tendo que bater, bater e bater ainda mais forte para que certas coisas sejam superadas, e isso ocupa o nosso tempo precioso que deveríamos estar buscando almas novas. Antigamente, o culto de “meio de semana” era denominado culto de doutrina, pois não se via muitos visitantes nesses cultos. O problema é que hoje as pessoas (membros) para se manter financeiramente estão tendo que trabalhar no “meio da semana” e eles não podem estar no culto, o que causa neles fraqueza e desnutrição espiritual. Ai tem que se usar o culto de sábado ou domingo, para “colocar a casa em ordem” e com isso acaba espantando alguns visitantes (efeito dominó!). É complicado. Eu quero ganhar almas, mas também não posso fracassar na minha missão de aperfeiçoar a Igreja (Ef 4:11-12). Em épocas passadas, podíamos dividir esse tempo em 50/50% Hoje por causa da complexidade da vida, e a desestruturação do ser humano, temos em média 20% para evangelismo, e o resto do tempo, temos que investir no polimento e no aperfeiçoamento da Igreja, ajudando as pessoas e se manterem longe dos pecados e influencias do mundo. A vida está se tornando mais e mais complexa!
Robert Cleveland Lambeth
OBS: você sabia que a área da medicina que mais tem crescido nos últimos anos, é a Psiquiatria? Porque será?

Robert Lambeth

Sou casado com Rosangela, tenho três filhas, moro em Campinas - SP, onde atuo como Pastor e Bispo

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